terça-feira, 21 de outubro de 2014

Meus Textos - O Conselho das Trevas (Protótipo do meu Livro)

Sei que preciso melhorar muito ainda na questão do enredo, concordância, prender a atenção do leitor, etc. Mas eis aqui um começo, tenho muito pela frente ainda.


“E em Jerusalém havia a festa da dedicação, e era inverno. “ (João 10:22)

Era noite na cidade de Jerusalém do ano 31 d.c, o vento soprava de forma frígida e assombrosa. Dentro das muralhas da grande cidade, próximo ao palácio dos sacerdotes Anás e Caifás, um grupo de fariseus com largos filactérios e franjas em suas vestimentas custosas reuniam-se em uma casa pequena, rústica e sem muita ventilação. Pretendiam não levantar qualquer suspeita aos moradores da cidade quando ao motivo daquela assembleia. As candeias quase que completamente acesas proporcionavam uma luz tênue e alaranjada aos presentes que começavam a sentar-se em seus respectivos lugares, esperavam ansiosos pela reunião que logo começaria. No interior na casa ouvia-se de maneira clara o som do vento rompendo-se no telhado e nas paredes ocidentais daquele humilde recinto, a lua começava a despontar e clarear a cidade naquela noite de inverno escura e fria.



A cidade de Jerusalém estava em uma época de júbilo nacional em virtude da festa da dedicação, que comemorava o aniversário da dedicação do Templo de Zorobabel, ocorrido aproximadamente dois séculos antes. A festa começava no dia do quisleu e tinha duração de oitos dias, por este motivo as estalagens estavam todas ocupadas de forasteiros das mais variadas regiões circunvizinhas, que vieram diverti-se e manterem viva a lembrança e tradição de seus antepassados.

A fumaça que exalava das candeias agora acessas por completo, dava ao ambiente da assembleia farisaica um cheiro exótico e peculiar. Depois que todos os presentes estavam sentados, o Rabi Ya'akov que estava a liderar a reunião, começa a falar o motivo daquela assembleia solene, apesar da maioria dos presentes já terem imaginado. Na realidade o assunto que seria tratado naquele momento já fora o motivo de outras reuniões naquele mesmo recinto e há algum tempo já importava-os grandemente. Não somente o partido farisaico sentia-se incomodado, mas também outros partidos religiosos judaicos, dentre eles um de seus maiores rivais doutrinários e ideológicos, os saduceus. Todos estavam indignados com um homem cujo os ensinamentos e afirmação era segundo a maioria, pura blasfêmia e totalmente contrário ao aprendizado das escolas rabínicas, que baseava-se no pentateuco, em interpretações dos renomados rabinos da antiga Israel e nas profecias dos santos profetas. Este homem cuja oposição entre os principais partidos políticos e religiosos era crescente, afirmava ser o filho de Deus, que viera sob a incumbência de seu Pai, realizar uma grande obra redentora e universal, proclamava-se como o Salvador da terra que viera tirar os pecados do mundo, mas não enquadrava-se nas interpretações rabínicas que ensinava que o Messias viria como um Rei, um grande libertador de Israel que colocaria ao fim o jugo estrangeiro. Estas e outras circunstâncias e profecias referentes a vinda do Messias acabavam sem a menor sombra de dúvida com a autenticidade das afirmações do homem que era conhecido entre a maioria dos povos como Jesus Nazareno, o filho de José, porém posteriormente entre os seus como Jesus, o Cristo.

Continua...

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